sábado, 18 de junho de 2011

Meus caminhos são desenhados no intimo, vem das primeiras lembranças, do que me importava.
Uma paz alimentada pelo  conivência do silêncio dos adultos ao meu redor.
Pra mim sorrisos, palavras meigas, enquanto o mundo real que eu não conhecia os estraçalhava... fatos, intrigas, circunstâncias , interesses inimagináveis aos meus  2 anos.
É as coisas se complicaram...meu pequeno mundo ficou enorme e a paz ....saiu de cena por alguns 42 anos.
Larguei tudo pra trás, não valia a pena, seria mais da mesma coisa e a mesma coisa não me serve pra alimentar a paz que resgatei.
Hoje o adulto conivente sou eu, sou eu que mantenho aqui dentro o silêncio sobre o mundo lá fora.

domingo, 29 de maio de 2011

Agora gostaria de ter uma história pra contar, saborear palavras que me levassem longe, me fizessem sonhar, esquecer o que sinto nesse momento, uma história que fize-se a realidade mais suportável. 
Não vou procurar essa história,prefiro não encontra-la,  não vou sonhar, não saio de perto da realidade que quero fugir.
Não posso.
Estes momento nebulosos, conturbados, cheios de angustias internas precisam de toda a minha atenção. Em alguns lugar desta "parafernalia" (...), um caldo de emoções, sentimentos, decisões estão construindo um futuro, moldando um caráter, dando sentido à realidade, amadurecendo o individuo que quero me tornar.
O que sou já não me basta.
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pensamento às vítimas do tsunami em Fukushima

Depois do impacto, da consternação que me envolve diante do inimaginavél me isolo na solidão do do pensamento , na minha impotência e constatação de ser só  "humano".
No  dia a dia , envolvido em dezenas de tarefas, pensamentos, emoções acalentando uma agradável sensação de segurança, que faz a vida ter sentido, que tudo o que faço importa, que tem influencia no resultado e  que nada pode mudar essa verdade,  alguns acontecimentos mostram que ....sim,  normalmente é assim, e assim  deve ser.  Esse é o pilar da nossa existência... mas infelizmente ou desgraçadamente, nem sempre.....coisas terríveis realmente podem acontecer.
Lá estavam aquelas pessoas levando a sua vida, exatamente como fazemos eu você e derrepente, em minutos tudo se acaba ....
E agora, depois do silêncio,  da oração, das lágrimas, do donativo, como ajudar a devolver àquelas pessoas a sua vida de volta. As suas coisas, a sua rotina, o sentido da existência humana.
Sei lá... escrevendo-lhes cartas  dando um conforto emocional, ouvindo seus relatos para que tenham com quem falar..... nem falo japonês, mas com tradutores pode ser feito...de que maneira eles lá podem ficar sabendo que nós aqui nos importamos? Que eu me importo, gostaria de fazer mais,  mas urge colocar em prática o que está ao meu alcance  agora  "...muito rapidamente, tás a perceber?" como diz o meu amigo Rui.

Embaixada do Japão -
Portugal
http://www.pt.emb-japan.go.jp/
Brasil
http://www.br.emb-japan.go.jp/

1. Donativo às vítimas do sismo.
1.1. EM PORTUGAL
a) - Cruz Vermelha Portuguesa - APOIO VITIMAS DO JAPÃO
BANCO POPULAR
NIB: 0046 0058 00600053763 21
IBAN: PT50 0046 0058 0060 0053 7632 1
SWIFT CODE/BIC – CRBNPTPL

b) - Embaixada do Japão em Portugal (Os donativos serão transferidos para a Cruz Vermelha Japonesa)
BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS S.A.
NIB: 0033 0000 45408103855 05
IBAN: PT50 0033 0000 4540 8103 8550 5
SWIFT CODE/BIC - BCOMPTPL
 
1.2 Para transferência directa à Cruz Vermelha Japonesa (Caso necessite recibo, deve ser referido na coluna das observações):
Name of Bank: Sumitomo Mitsui Banking Corporation
Name of Branch: Ginza
Account No.: 8047670 (Ordinary Account)
SWIFT Code: SMBC JP JT
Payee Name: The Japanese Red Cross Society
Payee Address: 1-1-3 Shiba-Daimon Minato-ku, Tokyo JAPAN
A Embaixada do Japão agradece uma vez mais todos os gestos de solidariedade dos portugueses e informa ainda que para todos os assuntos relacionados com o terramoto, deverão ser enviados e-mails para o endereço: terramoto2011@embjapao.pt

quinta-feira, 31 de março de 2011

Seu lugar no mundo....

....já faz algum tempo que procuro o meu. Um lugar familiar, em  que a paisagem encaixa  e você se encaixa na paisagem, sem esforço. Um lugar aonde os códigos são familiares, a língua, a comida os hábitos, as pessoas. Tudo conjugado se traduz em bem estar, conforto, ausência de incomodo.
 Acredito que as pessoas que nascem, crescem e vivem sempre no mesmo lugar não sintam isso, talvez sintam o oposto disso, um anseio de conhecer `lá fora', daquele mundo familiar. Um ímpeto adormecido que eventualmente vem à tona fazendo pensar em como deve ser....um pensamento que vem e que vai com o vento, depois do qual e a vida continua igual ao que sempre foi.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aprendendo PortugUes

Tenho especial fascínio por montanhas, gosto de tudo nelas e desconfio de quem não gosta.
A primeira vez que fui pra Atíbaia, quase me senti em casa, não eram exatamente as minhas montanhas, mas foi o que eu vi de mais próximo em muitos anos.
Depois as viagens de carro para o sul de Minas e eu me sentia quase em casa, mas ainda não era bem isso.... tava assim pra foto do lado, um pouco menos. Tá bom... bem menos, a final a foto do lado é um achado, se imagine numa estrada, olhando para um vale imenso e depois tire uma foto. Bingo, ae está, um caminho longe das aways tugas me fez tropeçar nesta pérola.
Mas qual era o assunto ? A tão...  não, me recuso, Vô nada aprender essa porra, é feio demais, não tenho tanta capacidade .... Se fala português aqui como os americanos falam inglês, o português urbano é do AR , a falar, a comer, a sair, a pensar, a ar , er , ir,  qualquer verbo e já está resolvido,
flexionar o quê e pra quê, verbo termina em ar, er, ir e assim a língua portuguesa dá um salto de qualidade pronta para o séc XXII.  O que eu acho não tem a mínima importância, até porque é a minha modesta opinião a respeito de 90% das coisas que me rodeiam : NÃO ACHO NADA!!!
Quem tem que achar sempre é jornalista e fofoqueiro, tenho o hábito feio e estranho a grande maioria das pessoas de só cuidar da própria vida, que já dá trabalho, tem sempre coisa ficando pra trás, mas também pra isso meu pai tem uma máxima , "O que não tem solução, já está resolvido.", na minha versão adaptada e curta, a dele é mais culta.
Certo é que andar por aqui tem suas vantagens, as piadas são ao Vivo, é já tenho uma coleção delas, se me animar até conto algumas pelo caminho, se não me animar nunca mais posto nada aqui, nesta perda de tempo que claro, não vai dar em nada. Mais um daqueles muitos serviços da net .....utilissimos pra vc perder mais o seu tempo.

Lembrei de uma:

 Fui de ônibus de Lisboa a Macedo, 400 km.
Nos preimeiros 150 km , 3 paradas, água, cigarro, banheiro, tudo certo.
Nos 250 seguintes, foi numa tacada, paráda só pra subir e descer gente, quase mijei nas calças.

domingo, 13 de fevereiro de 2011